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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Poeta?


Poeta; eu, não, apenas maltrato as palavras em gritos, intensidade, sempre morro intensamente, vivo assim, mas apenas com coisas, que para todos são pequenas, a chuva, o vento, um sorriso, discursos sobre nada, café quente, amores, um tapa no ombro, um bêbado cambaleando na rua, uma gota de chuva que escorre na janela, o som de um violão desafinado, acordar no meio da noite e ver o céu, perseguir algo que já se foi perdido.

Tempo que achei que todos si importam como eu me importo, eis o tempo que pensava que todos amavam como amava, que todos sonhavam, como eu sonho, e que todos fariam como eu faria. Hoje apenas rasgo palavras; que talvez ninguém venha a ler, eis o tempo que achava que todos; sentem como sinto, e um vale correndo para o verde, enquanto as flores apodrecem, deixar de falar; não mais, deixar de pensar, nunca, me incomodar com resto do mundo, jamais, eles não sabem a delicia que é ser eu!

Talvez um dia eu esteja em uma praça com um copo de café, olhando o tempo do nada, e me perdendo dentro de mim, talvez volte acreditar que alguém, em minha vida, sentiu como eu sinto, é saia correndo por avenidas na velocidade do pensamento, e de frente com todos as minhas lembranças, talvez eu pare em um farol, talvez me delicie com uma bala no meio do transito, talvez grite e xingue sobre os carros que atrapalham o meu caminho, egoísta eu, muito, amável, sempre, recíproco, talvez.

Mais a jornada, pelas avenidas da minha vida, nunca vão parar, somente no sinal vermelho sangue, e depois de discorrer palavras que nem se quer se aproximam dos sentimentos que tenho. Se a dor transforma, eu nasci de novo, e nunca vou esquecer de esquecer.

Henrique (kiko)

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