Pesquisar, Devanear, Viajar, Causar, Averiguar,Conhecer, Fartar, saciar a cede!?

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Flagelos de insanidade




Acordo com a boca seca
Inundada de saudade
Recebo cartas, rituais de prosperidade
Um doce para boca, e suporte para o rancor
Dias a lembrar, dores a rever
Gargalhadas infinitas desse eterno prazer
De estar aqui!
Com a agulha da vida e a linha do tempo
Bordando o que será visto, entre os lábios puxados
Desse instante de mim

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O samba


Quem disse que foi embora
Apenas escondia se na folia
Matando tempo
Comendo as horas
Revirando angustias e alegrias
Embalando se em braços, perdendo se nos compassos
Engasgando se com o fel da sovaria

Entre os fatos, cacos e pedaços
O Imago acabou?
Soaria o palpitar dessa vontade
Ecoaria em tons de felicidade
Se o embalo, não fosse encharcado de dor!

Incrustado nas mascaras
Bebendo as esquinas
Enamorando os peitos
Laçando os verbos, em desespero de amparo

Emaranhando o bem estar, com o ato de umedecer o pavor
Trancafiasse as palavras
Prendesse as vontades
E ritma a dor

Quem disse que foi embora
Apenas escondia se na folia
Transformando se em trapos
Destilando os fatos
Tropeçando se nas sombras!
Latente de sofrer
Faças encantamentos
A clarear a percussão
Abrindo alas para o peito
Batucando o sentir
Chorando no choro
Do lançar lagrimas
Ritmando o pulsar
O Som da solidão
E nas bocas,
Das magoas reinvenção

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A voz


Em vestes de silencio!
Passeava com minha criança
Pelos caminhos vagos,
Eu é minha criança!
Enche os passos com esperança!
Parte da criança
Muda o ângulo para ver melhor
Cai em buracos!
Machuca!
Onde jamais vai curar!
Corre daqui, corre de lá
E minha criança! Pensa apenas em gritar!
Como chora minha criança
Açoitada, meche com medo no ferimento
Porque minha criança!
E ferida!
Apenas dói em minha criança
Vestisse de silencio! Com um poncho de magoas!
Engolindo o choro, do jeito que a mãe mando!
Com muito cuidado a passear, para com as vestes não romper,
Se as vestes rasgam?
A minha criança recusa, expressar a dor!
Minha criança veste silencio!
E só em silencio!
Sai minha criança!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

No tempo da prisão


Entre os muros o desprezo
Na espera o ensejo!
Sobre os vôos, o remoto
Abrisse porta, toca se campainha,
Abati rosto, se faz face minha,
Escorre o pálido, no muro de proteção
Descolasse em cápsulas. Neurótica visão!
Limpasse a chegar!
Limpasse a sair !
Lavasse do mundo, em correntes de conforto
Entocado do contato, Alto flagelo é alivio
Perde a sensação
E vive um plagio de delírios!

Del Bestiário

Abrem ansas sobre meu corpo
Castigos, vultos de véus
Pregos em nossos olhos
Felicidade em hidromeu
Agarro-me em penas, fixo em paragens
Envolvendo o caminho, em pontos de ancoragem
Pausas é pausas para inflar
Garrafas e tragos a passar
Passagens e becos a confessar
Há viagem, cabotagem, cantos de Cáliope
Ritos de bem-querer, mãos a oferecer
Ancas a vender!
Volúpia em falso, os mimos das copulas

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Platônico


Esse rosto forte
Mãos pequenas
Um andar duro
Face brava

Reflete e repele!
Atrai é encanta !
Embriagante quando move os lábios
Secretos, Inexatos

Desvio olhar. Mas não escondo os sorrisos,
Frialdade nos teus olhos?
Brinquedos em meus delírios
Apreensão; no eu melodioso

Desbravando o ávido, faminto
A quimera de minhas aspirações


Desfechos!


Ali, Aqui

Ali sentado!
Aqui pensando!
Ali debochava?
Aqui esperando!

Pensando ali?
Degustando, observando
Ali aclamava?
Aqui aguardando!

Curava ali, Cogitando
Concebendo, Tencionando?
Apeteces em relevo!
Embocaduras, foz, desfiladeiros

Em queda
Ali ventava
Aqui frio
Encostos de aqui, sucinta de lá!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Um sentimento


Hoje acordei sem graça nem pardal cantou em meu ouvido, nem uma borboleta sentou em minha janela, mas como já havia dito; fui até o cinema e assiste ao filme que me fez rever, as questões da existência e da felicidade, engraçado a pergunta mais difícil esta aqui, quem sou eu: um conto, um menino, uma lagrima, um riso, um grito, um jeito, um olhar, um velho em corpo de “criança”, a simples pergunta felicidade? Dizem por ai que a felicidade e transitória, e circula pelos passos da vida e que a existência e apenas uma busca para existir.
Bom; minha primavera esta no meio do outono, e quando todas as folhas caem para o inverno meu interior floresce esparramando os ramos para fora do corpo, enchendo o mundo com todos os tipos de flores e espalhando o aroma muito além do real, e se a procura da existência e somente para existir; então existirei ou existo; pois sinto que eternamente estará; primavera em mim.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

“O tapa da fé”A chama de Elizabethe




Um causo de maria
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8:32

"Uma pequena fé levará tua alma ao céu; uma grande fé trará o céu para sua alma." (Charles Spurgeon) 

"Tua fé te salvou." (São Lucas)


As três da tarde! Elizabethe cansada de esperar por Castanho sai em busca de risos e farra.
Liga para uma amiga! A Jô!Ela altamente empolgada convence Elizabethe a uma fogueira de Israel, Elizabethe concorda, mas depois Jô à acompanharia, em um bacanal ao qual seu patrão tinha cedido o convite.

Depois de te andado, meia hora, te pegado um ônibus lotado, lá estava eu! Linda! Para
passar raiva!
Há estória começo assim! Jô veio de alagoas com seus irmãos, todos católicos apostólicos romanos, com fé em virgem Maria. Mais quando viu que a situação aperto. Que Ricardo, viro Ricarda, que Felício já estava urinando cana! Logo me apareceu com esse tal de encosto! É um tal de Macedo, que pra mulher era um santo!
Quando ela me disse fogueira de Israel, disse vamo né, pensava eu que seria que nem festa junina, mas com reza! Uma novena no maximo!
Ai chego lá, fui de branco, com sandália ouro, e todo mundo me olhando, estava me sentido um frango de padaria cercada por vira-latas. Há Jô minha amiga! Lá era irmã Joraima à Obreira! Pra mim é Jô e vai morre Jô!
Todo mundo cantando!Quando o Pastor falo! “ Sinto uma presença, terei que faze uma oração forte”
Todos ficaram mudos! Ele fecho os olhos, e passava as mãos nas cabeças das pessoas, eu só rezando a virgem né. Cada vez que esse homem andava, eu rezava, e o diabo bem na minha frente. Vindo atrás dele a Jô entregando uns envelopes para o dízimo. Ele passava a mão ela dava o envelope.
Foi ai que deu rolo! O diabo do homem passo a mão na minha cabeça, i eu tava bem, até dispensa o envelope! Esse homem me volta e diz que eu estou carregada. Eu li respondi na hora! Carregada com que diabo! Mas pra que fui fala isso!
Esse homem com a mão na minha cabeça, as pessoas se jogando de joelhos no chão!
Mais que vergonha! Esse homem gritava, as pessoas gritavam! E coitado de Jesus que escutava, porque tudo, em nome de Jesus. Eu rezando a virgem santa para me tirar daquela situação!
Foi quando tive a luz! Eu disse a mim mesma né! Sé joga no chão e finge que ta passando mal!
Lá estava eu, linda de branco com minha sandália ouro, no chão fingindo estar derrubada, E o homem falando: “saia demônio”, “ Irmãos estendam a mão frente a esse ser amarrado, e digam comigo, espírito da enganação, espírito imundo, espírito que não deixa nossa irmã te fé, saia dessa vida em nome de Jesus!”
Até ai!Fui chamada de endemoniada, imunda, mas esse homem não resolveu me bate, eu lá no chão, esse homem me deu um tapa. Ai eu comecei a chora de desespero, vergonha, foi quando ele disse calma irmã agora esta liberta! Me pegaram pelos braços, e me levaram a uma salinha! Minha roupa branca toda suja, minha sandália quebrada na fivela!
Me deram água, e começaram a falar sobre o monte Sinai, para onde era levado todos os pedidos daqueles que dessem a oferenda. E quanto maior a oferenda significava maior fé, e quanto mais fé tivesse, mais rápido realizavas meu desejo. Tava morrendo de medo de ser estapeada novamente, então eu falei para que me trouxesse o envelope. Tirei dez reais da carteira e coloquei no envelope, e o homem disse “isso e uma prova da sua fé”, aquele demônio que dize que Deus agora e chantagista isso pra mim e extorsão, e o pedido tem que ir lá para o monte Sinai. E dez de quando Jesus assina diploma. Disse a ele aceita cartão de credito, ai ele me responde: “ no momento a maquina esta quebrada” .Pelo poder da virgem! Agora milagre vem até parcelado! Acabo que dei os dez reais mesmo!
Isso acabo, lá pelas dez da noite. Eu loca para ir no tal bacanal, pelo que meu patrão tinha dito, muita comida, bebida, dança, gente importante!
Fui para casa mudar meu look, coloquei meu terninho, um Luiz quinze, e fui cheia de glamour. Descemos do táxi eu e o demônio do Jô, um casarão cheio de luzes, entregando o convite na recepção olha que chique! Entramos! Na entrada um buffet desses de filmes, tão lindo que dava dó de come. Passamos pelo salão principal até a entrada do salão de festas, sabe tudo muito bem decorado. Quando ia entrar no salão o recepcionista falo não pode entrar com essa roupa madame, logo olhei o traste da Jô, mas estava apresentável!
Ai perguntei né! Mas porque estou mal vestida! “ O homem deu uma risada! A partir dessa porta entrasse apenas sem roupa!” Eu toda arrumada o traste queria que eu tirasse a roupa para entrar! Quando viu que estava com a cara mais fechada que quarto de empregada virgem, logo veio com dois roupões! Colocamos os roupões no closet e entramos na festa! Pelo amor da virgem! Todos estavam pelados! Nos cantos mais escuros em um roçano no outro, quando veio uma senhora em minha direção juro de espartilho falando: “ Olá senhoras, já conhecem o nossa festa, nosso estabelecimento?” Eu logo pensei que seria um conhecer bíblico é perguntei como seria esse conhecer ! A mulher disse me acompanhe! E nos fomos! Com coragem,de sair correndo!
“Senhoras tudo esta dividido,em alas, esse andar gostamos de chamar libertação, o segundo andar dos voyer, a sala a seguir pertence aos prazeres sados.”E assim foi a mulher explicando e eu me assustando, não vó menti que não olhei! Mas pelo amor da virgem! Não fiz nada!
Foi quando escutei uma voz familiar! Lá estava! O purificador! O tira encosto! Ele mais um menino desses alegres, bebendo e beijando umas partes mais quentes do corpo sabe.
Quando a Jô viro, ela grito, “ Meu Jesus o pastor vai me vê aqui!” Eu não entendi nada,e disse mulher o homem e pastor, exorcista, o que ele esta fazendo em um lugar desses com aquele rapaz, olha bem!
Então Jô foi em direção do pastor, aponto o dedo para ele, e quando ela ia abrir a boca. O homem falo: “ Até onde venho pelos meus fieis” Ele olho para mim e disse: “ Ela esta possuída irmã, agora tevês sua escolha” E ia saindo de supetão.
Ai Jô veio até mim! E bofeteou minha cara! Dizendo ser demoníaco! Por sua culpa seria expulsa do céu !
No final da historia verei um demônio! Mas a virgem sabe quais são meus pecados!
Agora entendo aquele ditado, mas cego é aquele que não quer ver!

sábado, 15 de agosto de 2009

Aos pés?


Quem canta em meu ouvido? Esse estrondo interno; estou em três pinturas, e todas me dão um terremoto de emoções, a primeira tem o aroma da manha, um gosto de lagrima, uma inocência do sentir, belo rosto grego com olhos de Isis, cabelos longos na cor de um café de botequim.
No entanto a segunda; arte, uma capela sistina, que percorre as costas o Leão da Neméia, na versão Jamaica! Em seus braços a força de Jah, em seus olhos a fúria e a meiguice de uma matilha. Vive a própria luta contra o falso self! Rebeldia de alma, furacão de espírito!
Essa terceira; um desses encantos da vida, um desses momentos mágicos que te proporciona ver uma Dríade sair de sua árvore, tão intensa como Vodka e suave, a nevoa das manhas, esperta feito raposa, doce sabor romã, Arcanjo Nórdico de curvas insinuantes. Um choque de neve sangue, amêndoas de perto, castanhos de longe, imaginação a mil!!
Estou entrelaçado entre o aroma dessas rosas, no apreciar desses traços, em busca do sabor divino de alma, será que esta na Pêra; gosto lagrima, no bombom que traz ao paladar alucinação, na romã que me rouba a postura, e me da á boca a leve sensação de divino!

“O psicopata e o psicótico!” A chama de Elizabethe



Um causo de maria

Mas que jeito sedutor, nunca diz uma grosseria tão amável e sutil, um discurso envolvente que faz a todos flutuar do chão, seu olhar firme desnuda quem atreve se o encarar, o toque sempre exato nas áreas erógenas.
Esse outro! Fala sem pensar, “grita nunca sussurra”, diz coisas inexatas, á melindrar-se com tudo, um ser de alma torta!
O castanho; exala desejo, me conduz como ninguém, estende os longos dedos entre meus cabelos, e respira ofegante pelo meu corpo.
Alma torta! Me puxa pelo braço como fosse um bicho, vira e meche da um de Shakespeare, e resolve me fazer sonetos!
Castanho não! Sempre a contemplar, diz que sou rosa! E afaga minha boca em seu rosto macio.
Dias tão pesados! O pobre do Castanho anda tão ocupado, tem trabalhado dia e noite, e pensar que o condenado do Alma torta inventa de jogar futebol.
Hoje Castanho juro! Se ficasse comigo, nunca que choraria, e não haveria dor que doése.
É o condenado do Alma torta, diz que o bom de amar e sofrer nas entre linhas, ainda não entendi, o que ele quis dizer com isso não!
A caminho do trabalho quando encontro Castanho, ele sempre me da um bombom junto com bom dia, dizendo: “Um doce para um doce”. Quando chego no trabalho e vejo Alma torta ele fala: “ Vamos Beth deixa de preguiça” ainda por cima me chama de preguiçosa!
Ah!E o poema que Alma torta me fez!
Em castelos de caju
Eu tenho em pensamento
Uma face de Maria
Contra o vento dos cabris
Agora o homem cisma em me chama de cabra!
Castanho me chamo para sair, o coitado não esqueceu a carteira, mas como e um sujeito de muita confiança, o gerente do botequim disse que poderia pagar depois.
Eu também fui com Alma torta a um rodízio, o cara e um animal, comeu mais de dez quilos de carne, e queria levar as sobras para casa.
Em uma passagem, aqui perto de casa, Castanho me “pois” nos braços, aquele perfume, devia de ser importado. Chama-me de rosa eu dizia, e quando estava quase a romper com virgem Maria. O diabo do celular do homem toca. Ai melo né!

Esse Alma torta agora diz ele que vai estudar astronomia, a lei das estrelas, e invento que eu agora sou um corpo celeste!
Bem que disso eu gostei! Corpo celeste! Deve de ser algo santo!É melhor do que cabra!
Mais Castanho tem o pé no chão!É doutor advogado, tem um monte de cliente importante, do panamá, ele diz assim “meus constituintes ou clientela estão localizados no Mar das Caraíbas”.
Alma torta, me chamo para sair! Eu toda arrumada de scarpam, com vestido balonê, brincos de chapola, anéis Geek, e minha bolsa The Butt Bag, é o condenado me leva no meio do mato com um telescópio para ver a tal da constelação da baleia, agora ele acha que tem baleia no céu!
È estranho castanho me teve essa semana, domou-me como por feitiço, aquele jeito de toca, mas agora não me atende, ontem o vi, e ia li dar um beijo, ele segurou firme em meu braço, e apenas disse somente em segredo. Deve de ser com medo de manchar minha reputação!Vira e meche vem visitar meu quartinho!
Alma torta ainda me escreve, os poemas de cabra, mas o castanho, nunca mais me chamo de rosa.







sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O bilhete


Se a lembrança fosse inexistente, se o sol não brilhasse, se á chuva não fizesse sentido, se o silencio do vazio, fosse apenas o doce vento que toca, ou notas musicais que se perdem em meio da multidão que caminha,caminha.

Palavras perdidas, sentimentos traídos, um objeto de transição que sou, não irei cultivar palavras que não são minhas. Aquele trago no cigarro, aquele gole d’água, Fugindo dos orelhões, se manifestando em qualquer ligação, o desligamento de minha alma externa, fez acordar minha alma interna, hoje qualquer rabisco na parede faz sentido, todo cheiro, tem aroma é odor.

As manhas não são mais manhas, e a luta de toda minha vida.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Verdade


As perguntas são as mesmas, procurar razão na vida, sublimar qualquer partida.

O enredo começa e termina por um fim desajustado, certo dia passei por uma calçada e havia um papel a brincar no chão, o vento soprava e o pairava no ar, como estivesse em ondas. Verdade ou não, o que será a verdade, muitas vezes me pergunta quanto existi de verdade, os humanos sempre defendem sua verdade, os critérios de sua avaliação sempre passam pelo seu núcleo pessoal, a dor é sempre maior quando e sua, e a dor do outro e sempre bobagem.........

Ausência da espera


Mãos frias sobre o rosto, ali soprava vida fora

Ardia em brasa, acalento, suplicio, misericórdia

Querendo entender o doce vento !

Que me acompanhava em solidão !

Pulo virgulas, faço versos

Sopro fumaça pelo ar, Desce queimando, já distante

Mas esquecem de berrar

Nessas praças noites longas,

Esses cânticos se espalham

Balançam as lâmpadas penduradas

Se implantam nas calçadas

Dominam os prédios, avenidas

Invadindo o concreto; Britadeiras de idéias

Demolindo os dogmas; Guindastes de inovação

Fundamentando a vida com massa de oposição!

Alma e o espírito


A alma canta, o espírito Dança

A alma envolve, o espírito abraça

A alma pensa, o espírito fala

A alma sofre, o espírito chora

O espírito grita, fala sem pensar

O espírito enfrenta, tudo á impulsionar

O espírito derruba, esmaga

O espírito não pensa em amar?

A alma pede, o espírito faz

A alma acolhe, o espírito espreita

A alma é doce, o espírito amargo

A alma ama, o espírito; te da o desejo de amar!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Desejar, Querer, Admirar, Fantasiar......


Todo amor e benigno, mesmo que te mate!

Durante oscilação de dias frios, e noites longas de olhos abertos, pupilas delatadas, pego-me a pensar, á fantasia, sua existência esta na inabilidade de realizar o desejo. Mas nem todo desejo quer ser realizado! Persistem desejos que são apenas fantasias! Ou a fantasias que são apenas desejos?

Inauguro a reflexão, passando o arco sobre as cordas da rabeca do pensar, enquanto o maestro conduz com batuta de devaneios, destroncando os esboços de idéias, ao colorear as imagens fixadas na abstração, esse pensamento diminuído de desejo, que ele tem que ser realizado, quantos desejos teens; que nunca contara a ninguém!

Fantasiar, entressonhar ,devanear, andança pelos vales e castelos, Branca Flor de lábios rubros, espera o cavaleiro, perseguições nos Andes, buscar o santo grau, rasgar um corpo, dominar o mundo, matar alguém, conseguir a eternidade, estuprar uma linda mulher, abusar de uma criança, que desejo esconde então a partir daí temos o parto: O desejar é a mãe da fantasia, nesta linha, fantasiar e a impotência de realização, parte do mundo, parte do nosso eu que não suportaria tal execução, tendo ai divisões do sentir entre desejar,fantasiar, querer,admirar. Esse rascunho nos coloca que a fantasia vive dentro, das necessidade humanas, o humano sem fantasia é inexistente.

Mas o que dissocia as três maldições e bênçãos, iremos colocar aqui dois planos, o plano das idéias, o plano da realidade. No plano das idéias pode ser o que quiser, ter o que quiser, e um mundo seu, pode ate mesmo enfeitá-lo tornando aceito no plano da realidade. O mundo das idéias te coloca no patamar dos sonhos da o poder de abstração e sublimação( Conceito psicanalítico), levando a utopia que será o combustível, para o discorrer nesses abismos existenciais do plano da realidade.

A possibilidade; de um mundo de sonhos!


Caminhava lentamente dentro do copo, onde desfigurando meu rosto, derramava lagrimas sobre um papel branco, é lamentava a ausência de mim!
Nesses rasgares de carne, soava no vago do meu intimo, displicência!
Tristemente escutava meus gritos, enquanto a dor me consumia, cada lagrima que pingava no papel, escorria uma frase no tom da tinta. Embalsamando meus sentires, e dos choros em poesia!
Sofra com o caos e viva com agonia, a vida torna –se sádica ?
Na vida adquires duas certezas, quanto mais viver, sabes que ainda não aprendeu, e por mais triste que seja a tragédia, a dor e um ótimo doce nos lábios!
Sentado em guias olhando o céu, perdesse em um mar de pipas, andando pelas madrugadas sempre a um ou dois bêbados cambaleando por um amor perdido, nas várzeas á sempre flores coloridas, e o cheiro do café espalhasse pelas padarias; as cinco da manha!
A bela moça esta no ponto de ônibus. E aquele velhinho sempre compra o jornal!
Meus cabelos crescem cacheados, e a vários livros para enfeitar a cuca e enfatizar a alma, e os varais expressão os dias, cheio de roupas brancas.
O teatro, uma nova interpretação de nossas próprias faces, a musica nas ruas, rostos vivos em todas as partes de risos a gotas salgadas.È aquele garoto traquina alegrasse com um pirulito. Agonia; uma piada, ou sou masoquista!
Cedo ou tarde descobres onde esta, mas as costuras da realidade não me faz sentido algum!

Taciturna


Nessa noite cheia de nevoa, me peguei a pensar, nessa poetisa que me deu a possibilidade de continuar, vaguear em linhas, a correnteza do Desejar, Querer, Admirar, Fantasiar. Sincronicidade Taciturna, é melhor ficar com o lado silencioso, então irei GARATUJANDO entre linhas, teclas e pensamentos.

O querer, este costurado ao desejo?

Ou o desejo leva ao querer?

Ou só se quer o que deseja?

Exprimir terminantemente a vontade gerada pelo desejo, pensar em realizar. O desejo só é bom quando a imaginação é prazerosa e lidando com a realidade, se não será sublimado para ser aceito em nosso plano de realidade!

Sendo assim o querer brota do desejo, podendo se manifestar em ação, e pela incapacidade de realizá-lo ou sublimá-lo, o querer manifesta-se por pontos da criatividade ligados a fantasias! Uma maneira de expulsar esse sentimento de angustia de dentro da alma e a arte; como Vladimir Velickovic, que coloca em seus quadros a violência vivida, talvez se colocando em irascível para lidar com esse querer de paz interna. Mas pode ser uma composição de Beethoven, ou uma criança ao desenhar um mundo cheio de seres místicos, ou afogando á sua Barbie. O desejo tem que ser manifestado, e o querer quando frustrado rasgarás para fora de qualquer jeito, em pinceladas, notas musicais, poemas, podendo levar a loucura já que esta e a incapacidade de manifestar o eu.

Neste desabafo de um nefelibata, o querer é apenas visto quando liberado pela realidade, mas pode se ter uma visão turva desse plano, deixando a possibilidade deste querer ficar frustrado e caminhar eternamente a insatisfação.

Todas as palavras aqui escritas levam-me; que o querer e uma das maiores e mais complexas sensações, e deixarei para os poetas, e mesmo assim digo não á nada melhor; do que querer é querer!

A paixão



Nossa como e difícil se apaixonar, por onde anda Eros, aqui estou com os dedos cravados dentro do esterno abrindo minha caixa torácica expondo meu coração, me diga quanto custa uma flecha; meu tato, paladar, visão, audição, olfato, que sentido quer tirar para me dar essa flecha cheia de veneno de amar, vem Vênus se vão Afrodites e nada balança meu peito, que saudade do sentimento, mas não tente me enganar com arquiteturas cheias de cultura, vou sentir o gosto e não me encantar, não se trata de afago ou de dialogo e sim um choque de Selfs, explosões cósmicas delírios e alucinações, sei já confesso que escutei a historia onde todos os sentimentos esperando sua denominação acima das nuvens brincavam, e a loucura empurrou a paixão de frente a uma roseira a deixando com os olhos feridos e cega. Com culpa a loucura prometeu guiar a paixão a onde for e para sempre a loucura e a paixão andaram juntas, de tudo isso sei, mas sou louco sem paixão.

O que quer Eros? Para rapidamente acertar meu peito!

Holding perdido!!!


Um dia rock, mais uma crônica, diga-se de passagem, e como sempre vou transcrever através da ponta da caneta o resto do suicida que hoje mata em palavras suas vontades, voltando a historia da frase do catador de papel; “O maquinário esta doente, a maquina paro!”

Chega um dia onde se passa por passar e dias são apenas o cruzar da carruagem de Apolo pelo céu, mas os santos caem e as bruxas dançam, e a procura pelo Holding do Winnicott, onde esta o afeto saiam a procurar este abraçar perdido, este toque divino que cessa qualquer choro e pranto, esse pensar espiralado que não me faz dormi sobra apenas Yamandú aqui, em um dia na mesa do bar dois caras se perguntam, o reconhecimento e preciso para a formação do psiquismo, e um diz não o psiquismo e intrinsecamente formulado e não depende de nada externo, e o outro, o psiquismo e formado pelos fatores extrínsecos, a questão é “O maquinário ficou doente” , podemos nos basear nas superfícies, e preciso citar cada autor que conhece e usar diplomas como espadas para se defender ou atacar,sempre a contar a lado da fabula ou conto que te interessa, a historia e sempre mais bonita quando é da Disney dane-se o que e real viva o fantástico, é reconhecimento realmente depende dos outros, porque e projeção sua,reconhecimento então e como a paixão partes de dentro de nos que devem ser vividas no outro e reforçadas, mas para sempre estará a frase “O maquinário esta doente” , o corpo e maquina e toda

projeção acaba, então eternamente estaremos a procurar o Holding e nunca iremos achá-lo!!!!!

Caracterização?


Essa noite de céu estrelado ao som de Oswaldo Montenegro; pelos meus devaneios pela madrugada essa vontade eterna do desabrochar em palavras a fera aprisionada, terei a ousadia de tomá-la como musa.

Mãos de pianista, parte final das extremidades superiores, dedos longos e perfurantes com movimentos devadasis, e firmeza no compasso em toque percussivo, dona das mãos de Ártemis; firmes ao empunhar o arco para atingir os caminhos virgens, um toque suave, imponente, o ar comprimido pelas linhas do metro.

Lábios finos, delicados, divisões das finas películas de uma romã, uma pequena viagem ao oriente na suspeita do que ocupa esse fruto, a paixão dos gregos, representação de Afrodite, a fartura dos Hebreus, a cura dos Egípcios, o mel, o vermelho do fruto? E melhor que me cale!

Um andar de garota, mas com marcas de Gerd e Saga; quase nórdica! Tem luz como Gerd mas passa a sabedoria de Saga, as vezes olha como garota para baixo, ai vejo menina na mulher, na divindade que nos mortais ficamos a ti assimilar, por poucos minutos da o prazer que o mundo sinta o gosto da maça de ouro, sua alma, em segundos fixa seus olhos amendoados ao qual os tons de verde ficaram imperceptíveis aos meus olhos, e o amêndoa toma o espaço para um relógio púrpura. Apenas uma tarde, segundos, entre o choque do Anhangabaú, mas sinto um Shakti, talvez acorrentado como o rio, entre os reflexos do sol envergonhado nos tons de seus cabelos, e a neve russa de sua pele, é esse amêndoa, a romã de sua boca, com esse andar Kirov Mariinsky de ampla elegância, e essas faces de menina, pelos quadros do pintor impressionista Pierre Auguste Renoir , iria me perder se pretendesse te caracterizar no sopro dos pensamentos, em palavras no texto, fica levemente "Ao piano", passando"As grandes banhistas", com o choque” Mulher com sombrinha", discorreria infinitamente para juntar esse arquétipo do seu eu!

Vamos ficar com vermelha!!!

Se cada minuto falasse, Um toque, na febre?


Perco-me, perto do abismo do nada,

Onde estou?

Não sinto o oceano dos meus olhos,

Ele, esta seco!

Seco!

Quem fala?

A supremacia do seu corpo pútrido

Porque me atormenta?

Já estou em meio do nada,

Todo a vale esta aqui,

Juntei cada pedaço dos mil frascos,

Quebrei cada fechadura,

Ergui o velho muro,

Mas você ainda a quer.

Não basta trancar a fera, ela só crescera,

E um dia vai saltar de suas vísceras,

Arrancando todo seu peito e flagelando sua carne,

Engulo todos os insetos de asas coloridas,

Estão dentro da minha barriga de vidro, pode ver

O meu chorar e sorrir,

A minha tristeza e destilada

Se com a chuva tóxica que derramei por minha garganta entalado do frasco da dor,

Não conter este “deus” dentro de mim, não sei o que conterá,

Basta destruir cada molécula viva, cada asa que brilha ,

Pois sabe que não pretende voar atrás da borboleta,

Esta já; esta caída, em uma simples conclusão,

Agora navego, dentro dos rios de minha alma ferida,

Estender a mão, colocá-la em seu pescoço, sentir a textura de sua pele, toda sua troca de gases, e dizer esta com febre, e só isso que resta?

Quando queria esta em seus lábios, sentindo gosto doce de uma cereja oriental,

Respirando o seu hálito de vulcão, me jogando dentro do seu magma e me queimando não de dor, mas de delírio, por estar aos pés do sinônimo de dona de minha mente,

A minha realidade contorcida, não encontra meios, de voltar ao lado da imperatriz do meu id, irei rastejar nos cacos, ate a velha catedral ao norte da felicidade, e perguntar pra que existis, deus do amor? Abandona meu corpo vaie te embora antes que o vidro de minha barriga estoure.

Porque me faz mal, porque mudou os desejos de minha amada,

Agora só basta correr para o abismo do nada!

Até o apagar das luzes.

Poeta?


Poeta; eu, não, apenas maltrato as palavras em gritos, intensidade, sempre morro intensamente, vivo assim, mas apenas com coisas, que para todos são pequenas, a chuva, o vento, um sorriso, discursos sobre nada, café quente, amores, um tapa no ombro, um bêbado cambaleando na rua, uma gota de chuva que escorre na janela, o som de um violão desafinado, acordar no meio da noite e ver o céu, perseguir algo que já se foi perdido.

Tempo que achei que todos si importam como eu me importo, eis o tempo que pensava que todos amavam como amava, que todos sonhavam, como eu sonho, e que todos fariam como eu faria. Hoje apenas rasgo palavras; que talvez ninguém venha a ler, eis o tempo que achava que todos; sentem como sinto, e um vale correndo para o verde, enquanto as flores apodrecem, deixar de falar; não mais, deixar de pensar, nunca, me incomodar com resto do mundo, jamais, eles não sabem a delicia que é ser eu!

Talvez um dia eu esteja em uma praça com um copo de café, olhando o tempo do nada, e me perdendo dentro de mim, talvez volte acreditar que alguém, em minha vida, sentiu como eu sinto, é saia correndo por avenidas na velocidade do pensamento, e de frente com todos as minhas lembranças, talvez eu pare em um farol, talvez me delicie com uma bala no meio do transito, talvez grite e xingue sobre os carros que atrapalham o meu caminho, egoísta eu, muito, amável, sempre, recíproco, talvez.

Mais a jornada, pelas avenidas da minha vida, nunca vão parar, somente no sinal vermelho sangue, e depois de discorrer palavras que nem se quer se aproximam dos sentimentos que tenho. Se a dor transforma, eu nasci de novo, e nunca vou esquecer de esquecer.

Henrique (kiko)

O soneto do ver!!!


Ceguei me ao falar

Fiquei mudo ao ver

Explode raiva, fica fúria,

Domina angustia, acorrenta a memória!

Face proibida em meu querer

Resto onírico de minhas deixas

Asas envolvem meu olhos

Um brilho cega, minha voz

O jeito encanta, balança, deixa me a pensar!

Trava ao falar, fala a travar, Coração intriga, a ferida abre

Ficam os cacos pelo chão

Envolvendo me laços, de um presente, entregai em vão?

Entre mitos, historias, linhas a questionar

Deixo aberto á querer,

Há Face de Eros a corromper

Espancando o medo disso ser!

Pensamentos de agonia.


Ato 1

Angustia e paz, sorrisos da solidão, acalento em letras vagas. Andando em descompasso, caminha ate o poço. “Jazz”, deslizando o corpo pelas curvas da parede do poço, a declamar o improviso de pensar, como controlasse o pensamento?

Voz de idéias constantes que sangra meu olhos, “Jazz” essa experiência incorpórea, obscuridade de dias taciturnos, fechasse o vazio no alfabeto de entender, desbrava reminiscência, ao arquiteta as pilastras da fundação do poetizar!

Mania ou obsessão, de tornar a dor mais bela de caiar as marcas, lustrar os fatos, deslembrar das sonatas, olvidar de Eros, embalsamar a aflição, volatilizar o temor, colorear o pavor, ensurdecer a musica, cegar os quadros, viver de tintas, morrer de corpos, respirar ausência. Aprofundasse no silencio da solidão do escrever, observar o movimento dos pinceis do andar, o cabelo a balançar, a boca a sussurrar, os olhos a brilhar, as mentes a seduzirem, os passeios sem fim de minha imaginação. Batendo asas na matriz das idéias, implorando por perdão, desejando que o pensamento volte a ser simples, que o entendimento não exista, cessar a fonte das perguntas.

Destroçando o corpo do sentir, o afago da caricia, navegar em imagos, ao inflar as velas das galeras, navegando sobre o oceano das possibilidades do impossível, aterrorizando a doutrina dos Deuses da escravidão, Moral, padronização do sentir, a postura de amar, o que e realidade, corpos varados sem espírito, desconectados com a alma das possibilidades.

Aos poucos ficamos possuídos pelas interrogações, as charadas do plano que os seres ocupam, das lagrimas aos sorrisos, colocasse no divã, apreciando o recital onde apoderasse da compreensão do entendimento, rendendo se ao ápice, a chegada volúpia, rompendo com a ilusão do possível, lançando –se frente ao apogeu do improvável, deslocando ossos, perdendo carne, para desintegrar as divindades dessa escravidão de pensar!

Encorpando textos, pensando frases, idealizando pseudônimos, virando vários, alquimista, profeta, cientista, insano, poeta. Brincando na esfera angustiante, ganhando senciência para a sapiência, navegando em galeras oníricas, a ventania formada pela vontade do saber, amedrontados pelo desconhecidos, e com vontades de pandora, desgraçando o viver com o prazer e desprazer da arvore do conhecimento, apresentadas por serpentes, pelo enigma do desconhecido, tornando consciente a ferida dos leprosos de alma, que somos a maior parte da ampulheta, possibilitando a dor.

No meio desse oceano temos o Ragnarök eterno, a batalha pelo fim, barcos dragões disparam com pólvora de ideologia, e nossas galeras contra atacam roubando a loucura de Loki, e a razão de Odim,

A insanidade desses pensamentos costurados nos levara a libertação do universo infinito para um universo bidimensional.

Liberdade para flutuar no oceano sem fim das possibilidades do impossível! A poetizar o átomo e decapitar a verdade absoluta!